O Paraná agora tem uma Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental. Uma iniciativa que fortalece as entidades envolvidas. Ainda há caminhos a percorrer, mas a ABES-PR apoia a iniciativa, uma vez que estimula o setor industrial a olhar com firmeza para as questões ambientais que assolam a produção no campo e as condições de vida das pessoas. E o que pra nós, da ABES-PR, é ainda mais caro: o cuidado inegociável com os recursos hídricos disponíveis.
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Foi constituída nesta terça-feira (15), na sede da Secretaria de Estado da Educação, a Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Paraná (CIEA/PR). O grupo, composto por diversas secretarias de Estado e entidades públicas, tem a finalidade de implementar projetos ambientais específicos na área de atuação de cada um dos órgãos envolvidos. A Resolução que formaliza o grupo é da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
Fazem parte dos trabalhos as secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Saúde (Sesa), Agricultura e do Abastecimento (Seab), Educação (Seed), Segurança Pública (Sesp) e Cultura (Seec); a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep); a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep); a Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio); os Comitês de Bacias Hidrográficas/IAT; e representantes da sociedade civil.
O grupo vai se reuniu em encontros ordinários, no qual apresentarão projetos ambientais a serem discutidos, melhorados e implementados. Eles devem estar em consonância com o Plano de Ação Climática do Paraná 2024-2050, que está em construção, o Plano Estadual para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Plano ABC+ Paraná), da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento, e diretrizes nacionais e internacionais, como a Agenda 2030.
O objetivo da Comissão é fortalecer a troca de informações e experiências, além de parcerias acerca da educação ambiental. Segundo o diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Gustavo Sbrissia, ela vai integrar esforços para desenvolver ações educativas sobre temas ambientais. "Queremos formar uma consciência crítica. Nossa missão nos próximos anos é a implementação do Programa Estadual de Educação Ambiental, que é um dos instrumentos da Política Estadual de Educação Ambiental", afirmou.
Na Seed-PR, uma das primeiras medidas já anunciadas é a inserção de Educação Ambiental em todos os componentes curriculares, o que significa, na prática, a perenidade da discussão sobre sustentabilidade. Outra ideia é ampliar parcerias com outras entidades. “Várias escolas já contam, por exemplo, com equipamentos como biodigestores, que geram, além do gás, fertilizantes utilizados nas hortas comunitárias dentro das próprias escolas. Destacamos também o uso de placas fotovoltaicas e cisternas em várias instituições”, disse Maria Cristina Dias Bittencourt, técnica pedagógica e coordenadora do Grupo de Trabalho de Educação Ambiental da pasta.
Segundo o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, as entidades públicas e governamentais desempenham um papel fundamental na formulação e execução de políticas ambientais que visam não apenas proteger os recursos naturais, mas também garantir um ambiente saudável e sustentável para as gerações futuras. “A implementação de ações institucionais em prol do meio ambiente não somente traz benefícios, mas também serve de exemplo para toda comunidade”, afirmou.
“Nosso desejo é fortalecer a parceria com órgãos estaduais de educação e de meio ambiente e conseguir aumentar a capilaridade e enraizar a educação ambiental em todos os 399 municípios”, complementou o diretor de Educação Ambiental e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Marcos Sorrentino, que participou da formalização. “Nossa missão é buscar em cada estado essas parcerias, que são necessárias para o enfrentamento das mudanças do clima, da erosão e da defesa da biodiversidade". De acordo com Alberto Vellozo Machado, procurador do Ministério Público e representante da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), as instituições devem se mobilizar o tempo todo nessa causa. “É necessário sair da teoria para a prática para desenvolvermos a nossa própria dimensão educadora ambiental. É um desafio que precisa ser assimilado”, acrescentou.
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